Temos pena...Mas não pode entrar.

Foi a resposta que José Ângelo,tetraplégico,ouviu de um funcionário do Palácio da Pena,ali em Sintra.A sua entrada empataria os restantes visitantes,foi o complemento que se arranjou para justificar a vergonha que os deficientes passam quando pretendem visitar a maioria dos monumentos nacionais.Não sendo deficiente,lembro-me de um episódio passado há uns bons anos no Paço dos duques de Bragança,em Guimarães:sendo o único português incluído num grupo de ingleses e holandeses que o visitava,tive que,improvisando um guia turístico,traduzir como podia as palavras do verdadeiro guia,que debitava monocordicamente,em português,a descrição do que íamos vendo na visita.
Gorjetas,nada...Apenas olhares de soslaio do cabrão do guia.