16.7.07

Não consigo


Não consigo entender as pessoas que dizem que os políticos são todos da mesma laia,não confiam neles e por isso,como "sinal" do seu descontentamento,não vão votar.Deixam na mão dos militantes ferrinhos e dos mais velhos,que ainda se lembram da "outra senhora",a decisão do seu futuro.Acho que os abstencionistas terão,a mais breve trecho do que pensam,o que merecem.O que me chateia é que,por tabela,também apanho.

17 comentários:

Anónimo disse...

oxalá...

Anónimo disse...

quanto a apanharmos todos por tabela, é uma injustiça ai isso é..

António Conceição disse...

Em absoluto e completo desacordo com o teor deste post.
Eu, que não sou democrata e que, desde 1991, deixei de votar, é que tenho que apanhar com este intolerável rotativismo demagogo em que se tornou o poder político em Portugal (veja-se a palhaçada dos festejos da vitória do PS em Lisboa ontem, com gente do Arco do Baúlhe e do Alandroal), porque 30 ou 40% dos eleitores insistem em ir votar e dar cobertura com o seu voto a este absurdo regime.

Anónimo disse...

Ouve lá...já falas das eleições?!!!!

Sardanisca disse...

Os outros 60 ou 70% poderiam acabar com esse rotativismo demagogo,funes.Quem não vota e tenta inverter esse estado de coisas tem que aguentar.
Por outro lado,se as eleições fossem a um dia de semana com dispensa do trabalho,acabava-se com a abstenção num instante.

António Conceição disse...

Concordo com o segundo parágrafo, embora fosse preciso ainda, adicionalmente, eliminar os mortos dos cadernos elitorais. Esses faltariam à votação, mesmo que as eleições fossem à semana e quem faltasse fosse condenado à morte.

Quanto ao primeiro parágrafo, Sardanisca parte de um falso pressuposto.
O que diz era válido, se eu aceitasse as regras do jogo. Mas se assim fosse, eu votava em branco, não me abstinha.
O seu raciocínio arranca de um axioma fantasioso e completamente carecido de fundamento,segundo o qual a generalidade das pessoas tem uma capacidade de análise política superior à da amiba e que, sendo assim, eu poderia mudar o que está mal por dentro.
Sabe bem que essa ideia não tem pés nem cabeça. Se eu quisesse ter a mais pequena hipótese de mudar as coisas democraticamente, não podia chegar lá com argumentos razoáveis e racionais. Para os acéfalos que constituem o grosso esmagador da comunidade eleitoral, a razão não vale nada.
Tinha que recorrer aos meios de propaganda acéfala que os outros partidos usam. E, se o fizesse, estaria aalimentar o sistema. Não a combatê-lo.
Combatê-lo é com armas, embora reconheça que sou demasiado burgês e acomodado para o fazer.
Como compreende, eu não aceito que o meu voto esclarecido valha o mesmo que o da Ti Maria Cachucha que vai de camioneta, do Arco do Baúlhe até Lisboa, comemorar a vitória de António Costa que ela não sabe quem é.
Naturalmente, não voto. Nem sequer em branco. Fazê-lo seria vincular-me a aceitar o resultados de uma escolha feita por idiotas e que pode ser muito, muito, muito estúpida.

Anónimo disse...

nao seria antes : funes o confuso?

António Conceição disse...

Pode esclarecer, anónimo?
Desfaça, se possível, a minha confusão.

António Conceição disse...

Já agora, anónimo, eu dou uma ajuda a situar a minha confusão. É perfeitamente legítimo que um idiota goste mais de laranjas do que de maçãs e que a sua opinião nessa matéria valha tanto como a minha que, como já deve ter percebido, não me incluo no grupo dos idiotas (circunstância que, de resto, partilho com todos os idiotas. Não há um que se considere idiota). Do mesmo modo, ele tem toda a legitimidade para preferir que os dinheiros públicos (para os quais ele contribui), para dar um exemplo clássico, sejam gastos em manteiga e não em armas ou vice versa.
O problema do idiota, o grande problema do idiota é que ele não sabe o que está a escolher. Quer manteiga e diz que quer armas (ou vice-versa).
O nosso grande problema é que a maior parte do eleitorado é idiota. Completamente.
Sei que não politicamente correcto nem de bom tom dizê-lo; sei que bonito é dizer que o povo sabe muito bem o que quer e é muito sábio, mas isso não costuma ser verdade.
O povo gosta dos big brothers da TVI e é capaz de eleger Guterres ou Durão Barroso para primeiro-ministro.

António Conceição disse...

Os erros ortográficos e omissões do meu comentário anterior paracem querer demonstrar que sou um idiota.
Eu prefiro atribuir o facto ao sono.

Sardanisca disse...

Estou tentado a aceitar o argumento da amiba,e concordar que a maioria das pessoas se "vende" por uma caneta ou um avental de um candidato.Mas que caminhamos para algo que não me agrada,caminhamos.

jg disse...

Que caminhamos para algo que não agrada, é certo. Tanto quanto os eleitores que vão legitimando (em democracia dá este lindo palavrão) a cambada de governantes que nos tem calhado em sorte terem a mais vaga noção das escolhas que fizeram.
A política será válida e necessária se feita com políticos. Que não é o caso.
Eu lá me sentia legitimado para o que quer que fosse com 10% de votos favoráveis?!! Ou 20 ou 30 ou 40?!!
Para ter autoridade moral e de facto, só acima dos 60% é que sentiria que representava o todo.
Mas eu não sou político. E nem sempre voto.

Capitão Merda disse...

Face à qualidade (ou falta dela) dos candidatos, se fosse eleitor em Lisboa também eu me absteria!

Anónimo disse...

Estou inteiramente de acordo com o discurso do Funes, embora não acredite nos mesmos meios para me indignar. A minha principal revolta vai para o marketing político.

Queria fazer apenas um reparo ao Funes, se o Sardanisca me permitir. É que o grosso da abstenção é igualmente acéfala. Basicamente, temos um país de acéfalos que ou não vota ou nem sabe em quem está a votar, e muito menos em quê.
O sistema está definitivamente falido.

MSP disse...

Se calhar não é só o sistema que está falido. Nós próprios, não temos solução. Ou não queremos ser parte da solução, preferindo incluir o todo da desgraça.
Protagonistas da misantropia e profetas da insolubilidade.
Ou vice-versa.

Somos maníqueistas, nas apreciações e derrotistas nas conjecturas.

Se não formos nós a acreditar naquilo de que somos capazes, quem pensam que pode crer nos portugueses?

Acéfalos, ou com "uma cabeça do tamanho do mundo", ou parte de um mundo do "tamanho de uma cabeça" eu recuso-me a deixar de querer conseguir.
Acéfalo ou não, não quero ser "saramago" e enjeitar a qualidade em que nasci. Português.
Bom, mau, assim-assim, descrente ou mais crente.
Aceito como pertinente tudo o que li, prova bastante da diversidade, mas também da capacidade.

Isto não é tudo preto, negro e insolúvel.
É cinzento a vários tons, luminoso quando corre bem, e sombrio quando decorre menos bem.
Mas o que é que não é, ou foi, assim? Sempre.

Caro Sardanisca, eu também não consigo abster-me. Salvo quando isso é sinónimo de tomar parte. O que por vezes, assim é, também, possível.

Mas o que eu, decididamente, não consigo, é desistir.
Não só por mim, mas pelos meus pequeninos e, sem dúvida, também, por todos os outros.

Abraço

Anónimo disse...

Que bela merda!!!!!
dasse, nem o patarata do Pacheco Pereira, na terceira razão, consegue ser tão demagogo!!!!
Oh sardanisca...boas férias!

Anónimo disse...

eu bem disse que era confuso..