30.7.07

Quem se mete com o PS leva mas se for o soba da Madeira o PS cala-se muito caladinho

Alberto João Jardim chamou aldrabão e mentiroso a José Sócrates,no Chão da Lagoa.
Espera-se a qualquer momento o anúncio da instauração de um processo,disciplinar,em tribunal,onde quer que seja.

4 comentários:

Anónimo disse...

Vou ficar muito atenta e ... esperar sentada.

DRENagem

Taxi Driver disse...

É, sentadinhos senão cansamo-nos. Agora por uma proposta de tornar aquela terra polémica em território independente é que nem vale a pena perder tempo...infelizmente!

Anónimo disse...

www.dn.pt

DIÀRIO DE NOTÍCIAS

Terça, 31 de Julho de 2007

FERNANDO CHARRUA MENTIU E PARECE QUE NINGUÉM REPAROU

Por João Miguel Tavares
jornalista
jmtavares@dn.pt

A ministra de Educação enterrou o caso Charrua - paz à sua alma. Mas permitam-me um último dizer sobre o defunto. É que ando há vários dias a coçar as meninges diante deste bizarro silenciamento: será que ninguém reparou que o pobre e oprimido professor mentiu com os dentes todos? Se é verdade que o seu processo disciplinar é inadmissível e preocupante, não é menos verdade que o despacho de acusação - cujo conteúdo, sublinhe-se, não foi contestado nem por Charrua nem pela sua advogada - é claríssimo e desmente a versão que o professor sempre fez passar aos media - a de que se teria limitado a dizer uma piada sobre a licenciatura de José Sócrates. Chamar "filho da puta" ao primeiro-ministro (a frase exacta é: "somos governados por uma cambada de vigaristas e o chefe deles todos é um filho da puta") não é uma graçola inocente - é um insulto a Sócrates e à sua mãezinha.

A mim, pessoalmente, a coisa chateia-me. Mas até agora quase não li uma linha sobre o assunto - apenas o martelar cego na tecla que se tornou dogma nas últimas semanas: somos governados por gente autoritária e arrogante. Não me entendam mal: nós somos mesmo governados por gente autoritária e arrogante. Só que uma opinião pública informada tem obrigação de separar o trigo do joio. É um facto que o caso Charrua se inicia com um acto de bufaria digno dos melhores tempos da PIDE. É um facto que uma qualquer figura miserável transformou o que se devia ter mantido como uma conversa de corredores em queixa formal e assunto de Estado. Mas é igualmente um facto que o heróico professor Charrua, que anda para aí a armar-se em vítima da liberdade de expressão, não teve coluna vertebral para assumir publicamente o que se passou e as palavras que proferiu.

Fernando Charrua não precisava de vir para as televisões confessar "eu chamei filho da puta ao primeiro-ministro". Mas devia ter dito: "Quaisquer excessos de linguagem que tenha cometido aconteceram no decorrer de uma conversa privada e ninguém tem nada a ver com isso." Tivesse-o feito e mereceria todo o meu respeito. A partir do momento em que mentiu e andou pelas ruas a jurar que se limitara a soltar "um comentário em tom jocoso", o seu processo disciplinar não deixa por isso de ser uma vergonha - mas ele perde qualquer autoridade moral para andar agora a reivindicar indemnizações, reintegrações e a ameaçar processos contra o Estado. O professor Charrua pode ser uma vítima. Mas faltou-lhe a grandeza dos que, sendo acusados de forma injusta, assumem os seus actos e não inventam mentiras só para compor a fotografia. Infelizmente, ninguém sai bem desta história.

Anónimo disse...

www.portugaldiario.iopl.pt

2007.07.31


Fernando Charrua insiste na demissão de directora regional

E acusa presidente do PS/Porto de branquear arquivamento do processo

Fernando Charrua, o professor suspenso pela Direcção Regional de Educação do Norte (DREN), acusou esta terça-feira o presidente da distrital do PS/Porto, Renato Sampaio, de tentar branquear o recente despacho de arquivamento do processo. E insiste, uma vez mais, na demissão da directora regional, Margarida Moreira, que teve «uma atitude prepotente, precipitada e pouco aconselhada».

«Não se pode querer branquear o despacho de arquivamento, que só teve esse sentido porque os factos que me eram imputados não consubstanciaram a violação de um qualquer dever comportamental de funcionário público», refere Fernando Charrua, num comunicado enviado à Lusa.

O caso que está na origem desta polémica ocorreu em finais de Abril e culminou com a instauração de um inquérito e a suspensão preventiva de Fernando Charrua, ex-deputado do PSD, e funcionário da Direcção Regional de Educação do Norte há cerca de duas décadas.

A posição de hoje de Fernando Charrua surge na sequência das declarações prestadas à Lusa por Renato Sampaio, para quem a ministra da Educação «tomou uma decisão política» ao mandar arquivar o processo que a DREN tinha instaurado em finais de Abril.

Para o líder distrital socialista, a recente decisão da ministra da Educação de arquivar o processo disciplinar a Fernando Charrua não fragilizou a directora regional, Margarida Moreira, porque se tratou de «uma decisão política e não disciplinar». E acrescentou: «O Governo acha que Margarida Moreira é uma boa directora regional, que está a fazer um bom trabalho e, por isso, vai continuar (em funções)».

Para Charrua, o despacho de arquivamento resulta da ausência de relevância disciplinar dos factos que lhe eram imputados, decorrendo da decisão da ministra da Educação que se registou um «claro abuso de poder» por parte da directora regional.

Fernando Charrua defende a demissão da directora regional, «já que não soube conduzir o processo, tendo originado com a sua atitude prepotente, precipitada e pouco aconselhada os mais graves problemas ao Governo e ao primeiro-ministro».