8.5.07

Conferência Internacional sobre o Ensino do Português


Acabei a 4ª classe no ano de 1974,com o exame que certificava as minhas aptidões de miúdo de 9 anos.Fiquei habilitado a saber enunciar uma frase com sujeito,predicado e complemento (directo ou indirecto),no mínimo.Sabia também as preposições e como se usavam,os advérbios (hoje renomeados pela famigerada TLEBS,mas isso é outra história),pronomes e outras coisas engraçadas que estavam compiladas num livrinho hoje em dia muito raro no ensino primário:a gramática da língua Portuguesa.Ditados com cada vez menos erros,que eram penalizados à custa de mãos doridas,contas cada vez mais difíceis e sem máquinas de calcular,tabuada na ponta da língua (não concebo alguém que a não saiba),rios e afluentes de Portugal e colónias,linhas de caminhos de ferro,dinastias e feitos dos nossos ilustres antepassados,enfim,um sem número de coisas para uma cabecita fresca de garoto dessa altura.
Pondo de parte tudo o que,concedo,seja desnecessário saber actualmente,considero que a língua materna foi muito melhor tratada nessa altura que nos anos decorridos até hoje.Decoravam-se as coisas,é certo,mas ficavam para o futuro.
O que se constata hoje é que o percurso académico dos jovens portugueses passa completamente ao lado do bom trato do português falado e escrito.Inventaram-se e continuam a inventar-se leis,abordagens pedagógicas,recuperação de alunos irrecuperáveis,pilhas e pilhas de estudos que levaram ao que sabemos todos:o português fala-se e escreve-se cada vez pior,com o beneplácito de sucessivos ministros da educação.
Não antevejo grande futuro com este sistema de ensino,em que se retiram os clássicos da literatura nacional para se "estudarem" revistas e telenovelas como exemplo para se aprender;onde os alunos fazem o que querem e ainda lhes sobra tempo;onde as aulas de substituição nada trazem aos espíritos que apenas queriam dar uns pontapés na bola num "furo";onde a palavra REPROVADO deixou de existir.
No tempo da "outra senhora" havia,no ensino,coisas que deveriam ser rapidamente implementadas.Ninguém me convence do contrário.Para que pessoas como esta,2 posts abaixo,não fizessem aquilo.
Enfim...

2 comentários:

Anónimo disse...

Caro JMA,
Cá estão os "teus" malucos do riso...já percebi o teu fel:
“A Crise dos 40”

M/ 12 anos

De

Eduardo Galán e Pedro Gómez

Encenação

Celso Cleto

Com

Almeno Gonçalves, António Melo, Joaquim Nicolau e Fernando Ferrão

Produção

Sola do Sapato e MCENT

Ao atravessar a fronteira dos 40, os homens ficam inseguros, indecisos e frágeis. Assusta-os viver sozinhos, chegar a casa sozinhos depois de grandes noitadas, que por vezes não se revelam assim tão animadas. Mas no inconsciente ficam a pensar que a sua maturidade é uma poderosa arma para atrair as mulheres de 30 anos ou mais novas. Será?

“A Crise dos 40” (originalmente, “La Curva de la Felicidad”) estreou com sucesso em Madrid depois de ter percorrido toda a Espanha. É uma comédia sobre a crise masculina dos 40 anos. As inseguranças, os medos, os conflitos são abordados numa perspectiva cómica, procurando suscitar uma profunda ternura nos espectadores.

11-Mai | Grande Auditório | 22:00
Teatro de Vila Real

Sardanisca disse...

Sou casado,tenho um filho,não ando em noitadas(uma vez por outra,está bem).A minha maturidade serviu para atrair aquela que é a minha mulher.
Portanto,se fizeres o favor,vai lá ver o Almeno Gonçalves(outro maluco do riso,se não me engano) e depois diz-me alguma coisa.